quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Por que reformar o Estado Brasileiro é tão difícil?

      O Estado Brasileiro, ao longo dos anos, estruturou-se para além do que foi criado, ou seja, cuidar dos cidadãos e do bem comum.

      Neste processo de estruturação a máquina pública criou diversas empresas que não só concorreriam com o mercado privado como se tornariam cabides de empregos com alta remuneração, baixa produtividade, estabilidade funcional e alto ı́ndice de corrupção e burocracia.

      O inchaço inicial da folha salarial repercutiu em rombos na previdência social que não se manterá devido a disparidade de "direitos" garantidos aos servidores públicos municipais, estaduais e federais. Enquanto um trabalhador da iniciativa privada, obrigatoriamente, tem que obedecer o teto previdenciário, os servidores públicos (mesmo os que foram encaixados na mesma regra) sempre têm uma saı́da para manter os altos salários mais os penduricalhos em programas pagos pelos contribuintes.


      Além disto, há o monopólio dos serviços e produtos essenciais do dia a dia da população, que encarecem o custo de vida e entrega péssimos serviços.


      A falta de concorrência do setor privado obriga o cidadão a permanecer refém do serviço prestado da forma que a "estatal" quiser entregar e pelo valor que ela quiser cobrar.

      Mas, em muitos casos (como "estatais" de água, luz e combustível), a realidade é que a empresa pertence a diversos quotistas, aos quais o lucro da "estatal" é dividido, enquanto os funcionários e prejuízos são divididos ao Estado (por conseguinte a todos os cidadãos). Uma privatização na bolsa de valores mas que mantém as benesses, os salários e o status de "servidores públicos".

      Tentar "enxugar" a máquina, fechando empresas deficitárias, vendendo a totalidade das empresas que já foram privatizadas nas bolsas de valores e abrir o mercado para que a iniciativa privada possa concorrer livremente, cobrando preços justos e oferecendo serviços de qualidade é o caminho mais espinhoso a ser enfrentado pelo Estado Brasileiro.

      Se a iniciativa privada é maior e contém a maioria dos trabalhadores porque as pautas de reformas administrativa e política não conseguem avançar? Como iniciar uma reforma tributária antes de reduzir os gastos?


    O Estado Brasileiro precisa encarar, com coragem, esta árdua missão de enfrentar aqueles que, por décadas, fizeram dele um concorrente desleal da maioria dos cidadãos, promovendo altos tributos e péssimos serviços afastando o bem comum.

      A maioria da população precisa enxergar que nada que vem do Estado Brasileiro é de graça pois o Estado nada produz e não é sua função produzir (principalmente em monopólios ou em concorrência desleal com o cidadão). O desmame dos servidores públicos e políticos precisa ser realizado para que todos possam ter baixos impostos; serviços dignos de educação, saúde, segurança pública; e assistencialismo temporal a quem precisar.


Por Patricia Campos


Recomendo a leitura:

https://campanha.institutomillenium.org.br/wp-content/uploads/2020/08/Reforma-administrativa-Vers%C3%A3o-final.pdf

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